sábado, 7 de fevereiro de 2015

Nova descoberta na Bacia de Campos


A Petrobras comunica a descoberta de novas acumulações de óleo na concessão BM-C-35 (bloco exploratório C-M-535), localizadas no pós-sal da Bacia de Campos.

A descoberta ocorreu durante a perfuração do poço 1-BRSA-1289-RJS (nomenclatura ANP) / 1-RJS-737 (nomenclatura Petrobras), informalmente conhecido como Basilisco.

O poço está localizado a aproximadamente 143 km da cidade de Armação dos Búzios, na costa do Estado do Rio de Janeiro e em profundidade d’água de 2.214 metros. As acumulações são de óleo pesado e ocorrem em dois diferentes níveis de reservatórios, em profundidades de 3.190 metros e 3.521 metros.

O consórcio do BM-C-35, formado pela Petrobras (operadora com 65%) em parceria com a BP (35%) dará continuidade às operações necessárias para avaliar a extensão das descobertas, como também o potencial exploratório da concessão.


FONTE: Agência Petrobras

Primeiro curso de pós-graduação em comissionamento industrial no Brasil



O Centro de Excelência em EPC (CE-EPC) vai promover o primeiro curso de pós-graduação latu sensu em comissionamento industrial do Brasil, em parceria com a Firjan e o Senai, no Rio de Janeiro. A atividade vem sendo cada vez mais requisitada em grandes empreendimentos industriais no País, mas ainda não existia um programa de qualificação específico para a área, o que gerou a ideia de criação do curso, que já recebeu o reconhecimento do MEC. As inscrições vão até o dia 15 de março e as aulas começam a partir do dia 20 do mesmo mês.

O comissionamento ainda é uma fase pouco estudada pelas faculdades de engenharia brasileiras, apesar de ser uma etapa muito importante das montagens industriais. É a última fase dos grandes projetos, tratando dos testes finais e do início da entrada em operação das instalações construídas, como refinarias, plataformas de petróleo, usinas, ferrovias, siderúrgicas, entre outros empreendimentos.

Segundo o CE-EPC, o objetivo principal do comissionamento é assegurar a transferência de um ativo para o usuário final de forma eficaz, ordenada e segura, em termos de desempenho, confiabilidade e conformidade normativa e, o mais importante, de acordo com os princípios de desenho e operação preestabelecidos.

O diretor executivo do Centro de Excelência, Danilo Gonçalves (foto), conta que foram as próprias empresas associadas que apresentaram a necessidade de uma qualificação maior dos engenheiros para trabalharem na etapa de comissionamento.

“Percebemos que existia uma vazio nesse setor, porque não tem nenhuma instituição que se dedique de forma especifica ao comissionamento no Brasil, então estamos ocupando um espaço voltado a uma fase importante no ciclo de vida dos projetos. Os engenheiros que atuam no país focados na disciplina do Comissionamento hoje têm conhecimento do trabalho mais em função de suas experiências do que pela educação formal propriamente, o que nos fez ver que era muito importante acelerar este processo ao mesmo tempo em que preenchemos essa lacuna demonstrada pela própria indústria. Cada vez mais ativos estão entrando em operação e eles precisam entrar rapidamente de forma produtiva. O comissionamento permite a redução do prazo necessário para que se atinja a operação plena”, explicou.

O curso contará com cinco módulos, em regime semestral, com limite de 40 vagas e 400 horas de carga horária. As aulas serão dadas às sextas, das 18h às 22h e aos sábados, das 8h30 às 17h30, quinzenalmente, na Faculdade SENAI Rio, na Tijuca (RJ).

Para se inscrever, é preciso ter graduação em uma das seguintes áreas de Engenharia: Mecânica, Civil, Produção, de Materiais, Naval, Química, Metalúrgica, de Controle e Automação e Elétrica. Os interessados podem buscar o formulário de inscrição no site do CE-EPC –www.ce-epc.org.br

 Fonte: Assessoria


domingo, 18 de janeiro de 2015

Brasil Offshore 2015 pretende gerar R$ 1 bilhão em negócios


Marca da pujança econômica registrada no momento do ápice da produção das reservas brasileiras de óleo bruto e gás natural, e da fase de maior valorização do barril do petróleo no marcado internacional, a Brasil Offshore chega à sua oitava edição com o compromisso ainda mais expressivo: o de reerguer o ânimo das principais empresas nacionais e internacionais que garantem a execução de todas as atividades que acontecem na Bacia de Campos. E a previsão de gerar cerca de R$ 1 bilhão em negócios representa o otimismo da organização da feira, que se mantém como um dos três principais eventos do petróleo no mundo.

Referência de crescimento do setor que promoveu a transformação econômica e social de Macaé nos últimos quarenta anos, a Brasil Offshore acontecerá em 2015 no momento em que a indústria busca registrar o início da recuperação do mercado interno do petróleo, baseado principalmente nas expectativas de operações do pré-sal.

"Mundialmente, o setor do petróleo sofre a variação causada pela queda do preço do barril do petróleo. Porém, não podemos desanimar. Acredito que novos negócios irão acontecer durante a Brasil Offshore, que é um marco para o segmento do petróleo, não só em Macaé, mas também para o país", analisou o secretário-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviço do Petróleo (Abespetro), Gilson Coelho. A instituição garante apoio institucional do evento.

Apesar das previsões de redução de investimentos no setor, em função da queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional, as expectativas relativas ao crescimento da produção de óleo bruto e de gás natural no país fortalecem as estimativas de negócios que devem ser consolidados na Brasil Offshore.

"Acreditamos, sim, que a feira vai dar um bom resultado. O preço do barril do petróleo ainda vai mexer no mercado. Essa é uma visão internacional. Para o Brasil ainda há otimismo em relação ao futuro da produção. A Petrobras possui um portfólio grande e diversificado de projetos para reservas altamente produtivas, o que deve atrair as empresas operadoras do sistema", disse Gilson.

Apesar de parecer uma estimativa bastante elevada no momento atual, os R$ 1 bilhão em negócios, estimados pela organização da Brasil Offshore deste ano, possui relação também com o atual ritmo de produção de petróleo registrado na Bacia de Campos.

"A exploração do petróleo no país é uma atividade contínua. Já vivemos momentos como esses anos atrás e superamos. Acredito que a reestruturação vai acontecer novamente", apostou Gilson.

Redução do 'Custo Macaé' favorece negócios

Além de pontos específicos do segmento do petróleo, o potencial de Macaé em oferecer infraestrutura necessária para o desenvolvimento das atividades relativas à produção e exploração de óleo bruto e gás natural, também é um fator determinante para o registro dos negócios estimados durante a realização da Brasil Offshore deste ano.
Com esse foco, o governo municipal assume sua responsabilidade de contribuir com a reestruturação da indústria, promovendo ações voltadas à redução do chamado 'Custo Macaé'.

"Por dois anos trabalhamos junto com representantes da indústria do petróleo e conseguimos avançar em uma série de questões que geram o chamado 'Custo Macaé'. Temos a certeza de que os empresários que virão para a Brasil Offshore desse ano encontrarão uma cidade mais organizada, com um potencial ainda maior para garantir seus negócios", explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Vandré Guimarães.

A organização da cidade voltada ao segmento offshore será identificada através da reforma do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, a 'casa' da feira.

SERVIÇO: A feira Brasil Offshore será realizada de 23 a 26 de junho em Macaé
Para mais informações: http://www.brasiloffshore.com/

Autor: Márcio Siqueira Jornal O Debate Macaé

sábado, 17 de janeiro de 2015

Crise: uma oportunidade para o gás natural



Como dizem os chineses, a crise sempre gera oportunidades. Por que, então, não aproveitar a crise da Petrobrás e da própria política de óleo e gás no Brasil para mudar a cara do setor de gás natural? Afinal, toda política feita até hoje no País, na prática, teve a autoria da Petrobras, para o bem e para o mal. O Ministério de Minas e Energia (MME) sempre foi um ministério de energia elétrica e quase nada de óleo e gás.

Vamos tentar dividir as oportunidades em dois blocos. O primeiro seria a execução de um plano estratégico de desinvestimentos da Petrobras. O segundo, mudanças regulatórias e elaboração de políticas que incentivem o aumento da oferta, a expansão da infraestrutura e forneçam sinais econômicos adequados, por meio de uma política consistente de preços relativos.

O plano de desinvestimentos seria, basicamente, composto por ativos dos segmentos de midstream e downstream. Com isso, a Petrobras concentraria seus esforços e investimentos no segmento de exploração e produção, em que o retorno é bem maior, agradando e beneficiando seus tão esquecidos e desprestigiados acionistas minoritários. No downstream, a estatal deveria vender integralmente suas participações nas concessionárias estaduais de distribuição de gás natural. Não faz sentido uma empresa do porte da Petrobras atuar num segmento regulado e com margens baixas. Isso acaba gerando conflitos, principalmente regulatórios, pela atuação verticalizada da empresa no setor, sem falar que esse modelo não tem alcançado o objetivo de promover um crescimento na malha de distribuição. No midstream, a estatal deveria vender e/ou estabelecer parcerias na rede de gasodutos de escoamento da produção, transporte, unidades de processamento de gás natural e plantas de regaseificação. Esses desinvestimentos trariam enormes vantagens para a empresa. As principais seriam recursos financeiros, que neste momento a empresa precisa mais do que nunca; aumento da eficiência na operação desses ativos; incentivo à entrada de novos ofertantes; e uma certa blindagem contra interferências políticas que tanto maltrataram a estatal nos últimos anos.

No segundo bloco, o das mudanças regulatórias, a ideia seria criar âncoras de consumo de gás que permitissem um crescimento da oferta e a expansão da infraestrutura. É bom sempre lembrar que a indústria de gás natural funciona no regime do netback, ou seja, de trás para a frente: para que haja crescimento da oferta e da rede de gasodutos de transporte, é essencial ter a garantia de que existe consumo. Assim, a principal mudança regulatória seria a permissão para que plantas térmicas a gás natural funcionassem na base do sistema elétrico. Isso permitiria a assinatura de contratos mais longos entre fornecedores e empresas de geração térmica e, num segundo momento, mais gás para os demais mercados.

Também deveríamos modernizar a regulação com o intuito de trazer para o setor inovações tecnológicas como a geração distribuída, a cogeração e a utilização do gás em aparelhos como o ar-condicionado, hoje o grande vilão dos picos de energia. A política de preços é outro capítulo que precisa ser alterado. Se crise é oportunidade, poderíamos aproveitar o atual momento de queda do preço do barril de petróleo e estabelecer uma política que siga as tendências do mercado internacional, estimulando o aumento da oferta. Mas não podemos nos esquecer de que temos de estimular o consumo e que o gás natural ainda é um mercado greenfield no País. Dessa forma, as agências reguladoras estaduais devem estar atentas nas revisões tarifárias para estimular os investimentos e os governos federal e estaduais deveriam ter uma política tributária para o gás que levasse em conta o aspecto ambiental e a promoção do crescimento do consumo. Neste momento, falamos de uma revisão das alíquotas de PIS/Confins e do ICMS. O imobilismo e a perplexidade do governo diante da crise impressionam. Vamos torcer para que esse comportamento não se repita em relação às oportunidades. Com a palavra, o novo ministro de Minas e Energia.


Fonte: Adriano Pires, O Estado de S. Paulo, jan/2015
Sobre o autor:  Adriano Pires é Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)


Macaé: apreensão no cenário do petróleo




Macaé vive uma onda de demissões nas empresas que prestam serviços à Petrobras. Ela se reflete no salto do número de ações trabalhistas abertas na cidade, que triplicou neste ano. São cerca de 14 mil novos processos, ante 4.800 em 2013.

Cerca de 63% dos empregos formais em Macaé são ligados à indústria do petróleo. As dispensas decorrentes da crise na estatal atingem de operários a executivos. A política de revisão de contratos da Petrobras, iniciada em 2013 e ampliada em março após a Operação Lava Jato, acentuou o desaquecimento do setor.

A empresa de engenharia Iesa, investigada na operação, fechou e dispensou quase todos os 2.000 funcionários. O mesmo ocorreu com a MPE, empresa de montagem de equipamentos, que demitiu 2.600 empregados.

Um deles foi o montador de andaimes em plataformas Rodrigo Tolentino, 28, demitido em outubro. Natural de Linhares (ES), voltou a morar com a mãe porque a MPE, diz, atrasou pagamento, não depositou fundo de garantia e não deu baixa na carteira de trabalho, o que o impede de receber seguro-desemprego.

Procurada, a MPE confirmou dificuldades financeiras, sem se posicionar sobre as acusações trabalhistas.

DIRETOR


A Dolphin Drilling do Brasil, do grupo norueguês Fred Olsen Energy, fechará em janeiro seu escritório em Macaé após a Petrobras ter adiado por cinco vezes a assinatura de contrato obtido em licitação de 2013.

A empresa tinha duas sondas de perfuração na bacia de Campos, que, depois de ficarem sem serviço, foram deslocadas para o exterior.

"Eu não podia mais esperar, e a empresa decidiu garantir um negócio fora do país", afirma o diretor-geral da Dolphin no país, Francisco Siestrup, 55, que será dispensado em janeiro.

A empresa, que tinha 300 funcionários, sendo 40 estrangeiros, demitiu quase todos. Quatro pessoas trabalham no encerramento da companhia na cidade.

O vice-presidente de Marketing da IADC (Associação Internacional de Empresas de Perfuração, em inglês), o inglês Barrie Lloyd-Jones, diz que o humor das empresas com o país foi abalado.

"Existe uma sombra muito grande de ‘mensalão, Lava Jato, petrolão'. As empresas estrangeiras estão considerando se este é o melhor momento para investir no setor do país. O mundo não é só Brasil e há outros locais com potencial, como México, Moçambique, Tanzânia", diz.

A cada sonda que deixa o país, afirma Lloyd-Jones, pelo menos 340 empregos são perdidos. Ele conta, por exemplo, que a TransOcean tinha dez sondas de perfuração no país há dois anos e hoje está com cinco. A Brasdrill, que tinha 17, está com nove. A Noble, que chegou a ter nove sondas, opera apenas uma na bacia de Campos.

A redução da atividade da Petrobras se estendeu por toda a cadeia e atinge até gigantes mundiais do setor, como Schlumberger, Baker and Hughes e Halliburton, empresas prestadoras de serviços especializados para plataformas.

Esse setor dispensou cerca de 10 mil pessoas em 12 meses, segundo estimativas do secretário-executivo da Abespetro (Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo), Gilson Coelho.

O coordenador da Firjan no Norte Fluminense, Marcelo Reid, diz que, historicamente, entre 60% e 70% dos demitidos se reinserem na indústria. O percentual, afirma, pode ter diminuído nos últimos meses.

PILOTO

A reinserção ainda está difícil para o comandante de helicóptero Antônio Azeredo, 62, com 38 anos de experiência na aviação civil. Ele perdeu o emprego quando a Sênior Taxi Aéreo faliu, em 2013, após dez anos de atividade.

Azeredo tenta emprego em outras empresas e vai a cada 15 dias ao aeroporto em busca de novidade.

De acordo com o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), 46 pessoas foram demitidas de agosto a outubro nas cinco principais empresas de táxi aéreo que atendem a região, transportando equipes para as plataformas.

SÓCIO

O mau momento atinge não só fornecedoras de serviços e bens de alta complexidade. A Sermap, de equipamentos de proteção individual e ferramentas, viu seu faturamento cair em 70% do biênio 2011-12 para 2013-14.

Dos cerca de 300 empregados, restaram apenas 70. Em vez da Petrobras, a Sermap passou a vender para empresas estrangeiras.

O sócio Carlos Pasturchak, 48, critica o programa de redução de custos na bacia de Campos depois de a Petrobras divulgar a descoberta do pré-sal e prometer um aumento de demanda a fornecedores.

"Não me lembro de nenhuma troca de comando tão catastrófica para o setor. Eles fecharam a torneira depois de termos feito grandes investimentos por causa de toda aquela propaganda sobre o pré-sal", reclama, criticando a presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

A Petrobras afirma que os contratos com fornecedores de bens e serviços "estão sujeitos a variações sazonais próprias das atividades em que estão inseridos".

A companhia confirma que foram observados problemas pontuais no segmento de construção e montagem, mas nega que haja redução de demanda pela atividade.

Fonte:
LUCAS VETTORAZZO DE DO RIO
http://www.portosenavios.com.br/

terça-feira, 29 de abril de 2014

Setor de petróleo e gás procura profissionais

Com a inauguração de 19 plataformas de petróleo no litoral catarinense, cerca de 2 milhões de empregos devem ser criados até 2020. Em 30 anos, a expectativa é ter 30 plataformas explorando o pré-sal no litoral catarinense com geração de 87,2 milhões de vagas diretas e indiretas. No entanto, de acordo com o diretor de comunicação do Programa de Mobilização do Petróleo (Promp), Jorge Uda, são poucas as pessoas que procuram as vagas. “Há muito emprego. Pense em uma empresa que não tem funcionários e precisa contratar com urgência. Esse é o setor petroleiro”, diz. Segundo ele, os salários iniciais para quem já concluiu o Ensino Médio chegam a R$ 2,5 mil, curso técnico é de R$ 6,8 mil e para nível superior o salário ultrapassa os R$ 35 mil. Conforme o Promp, as oportunidades de emprego são para 185 categorias de profissionais de todos os níveis. “Antes, as pessoas entravam na empresa por concurso. Hoje, com a exploração do pré-sal por empresas privadas, é por análise de currículo”, comenta Uda. FONTE: Correio do Norte online – Fábio Rodrigues

sábado, 8 de junho de 2013

COMPERJ fica para 2016

A presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou nesta quarta-feira (05) que a entrada em funcionamento do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) terá um novo atraso. Segundo ela, as operações só devem começar em agosto de 2016 — o prazo anterior era abril de 2015. A presidente da estatal atribui o atraso a problemas no projeto original, que teve de ser alterado. Houve atrasos também no recebimento de equipamentos, por causa de dificuldade na obtenção de licenças ambientais para transportá-los. Fonte: O Globo